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A DESCRIÇÃO DO MUNDO

The Description of the World

A Descrição do Mundo lançou um convite a um grupo de 16 pessoas a caminhar pela cidade, experimentar práticas de corpo, escrita, narrativa e comunicação e produzir alguma forma de partilha aberta ao público que pudesse representar um extrato da experiência vivida. Preocupava-nos a recuperação da experiência, como algo pessoal e intransferível, um estado de exploração que se encontra esmaecido por trás da saturação da informação em velocidade cada vez maior, impedindo sua ‘digestão’ e absorção crítica. Também nos movia a questão das possíveis ‘traduções’ da experiência em objeto estético artístico: como dar conta de comunicar um processo para aqueles que não o viveram?

 

Como ferramentas principais para isso, propusemos o caminhar; a escrita sobre o vivido ou sobre o presente; a narrativa mediada por materiais da cena e das artes visuais; a reflexão sobre os modos e meios de se contar uma estória (experiência); e sempre, a referência do corpo como o ‘mistério cognitivo’ que media todas as nossas experiências.

  

Quando pensamos em ‘dramaturgias do encontro, consideramos que os processos de colaboração artística se fazem a partir de um agenciamento contínuo e multidirecional, cujos efeitos não se limitam aos objetos artísticos. Novas parcerias surgiram, o conhecimento foi compartilhado, processos artísticos foram desenvolvidos e o compartilhamento com outras pessoas permitiu aos participantes ampliar seus universos sensíveis e estéticos.

 

The Description of the World invited a group of 16 people to walk around town, and experience body, writing, narration and communication practices. They were also to share an extract of the experience in an open day audience. We aimed to regain contact with experience as something personal and non-transferable, a mode of prospecting that lays faded behind saturated information in an ever growing speed, thus preventing us from digesting it and developing a critical attitude towards it. We were also moved by the quest of how to translate experience into artistic aesthetic objects: how do we manage to communicate a process to those who did not experience it?  

 

As the main tools we proposed: walking, writing about it or about the present, narrating through performative or visual art materials, reflecting on possible ways to tell a story and always referring to the body as ‘this cognitive mystery’ that mediates all our experiences.

 

When we think of dramaturgies of the encounter we consider that processes of artistic collaboration are made from a continuous, multidirectional agency, which effects are not limited to artistic objects. New partnerships emerged, knowledge was shared, artistic processes were developed and the sharing of it with others allowed participants to widen their sensitive and aesthetic universes. 

 

Ficha Técnica / Credits

 

Concepção e Direção / Idea and Direction: Marcos Moraes e Natalia Barros

Colaboração / Assistant: Nicolau Ferreira

Artistas Participantes / Artists:

Alberto Magno, Angela Quinto, Biba Rigo, Ex Punk Me, Fabio Paiva, Fernanda Marques, Fernanda Porto, Leonardo Shamah, Luanna Jimenes, Marcos Moraes, Maria Clara Contrucci, Mariana Piza, Natalia Barros, Nicolau Ferreira, Renata Hardy, Renato Vasconcellos, Samuel Tomé, Thais Graciotti, Victor Honda

Artistas Convidados durante o processo / Guest artists during the process:

Edith Derdyk, Giuliano Tierno, Laila Padovan

Produção / Production: Corpo Rastreado - Murilo Chevalier 

Técnico / Technician: Mauro Martorelli

Foto / Photo: Sato do Brasil

 

 

 

 

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